Achei que fosse demorar mais um pouco, achei até mesmo que isso não poderia acontecer, mas aconteceu.
Ontem, após três meses de terapia, eu usei o meu primeiro lenço de papel. Por mais irônico que pareça, caí na risada quando ela me trouxe os lencinhos para enxugar minhas lágrimas. Ri porque achei muito engraçado e ao mesmo tempo clichê. Foi a primeira vez em que me senti em um divã, mesmo estando sentada.
Eu sempre ficava me perguntando qual o real motivo de uma terapia. Onde é que eu queria chegar e por qual caminho eu ia ter que ir, mas logo percebi que o trabalho é muito mais além do que eu imaginava.
Na verdade as minhas consultas nada mais é do que um encontro comigo mesma, onde eu coloco meus medos, minha decepções, minhas frustrações, minhas alegrias, minhas vontades e meus segredos. Descobri que Dra. Aurinete é “apenas” o canal transmissor disso tudo. Mas que se não fosse ela, nada disso em mim estaria acontecendo. Cada sessão é uma vitória, uma conquista, uma aprendizagem. Cada consulta eu me vejo mais, me entendo mais e me complico mais. Antes eu procurava resolução, mas hoje eu procuro apenas a tranquilidade necessária para viver a minha vida. A paz que precisa ser encontrada para levar os meus dias.
Não sei como as pessoas podem ser tão resistentes ao ponto de achar que podem se resolver sozinhas, aquela velha frase: "Eu não preciso de terapia para ser feliz". Realmente, ninguém precisa de terapia para ser feliz, as pessoas precisam de terapia para saber do que precisam. Tudo bem que alguns são mais rápidos, outros mais demorados, tudo bem que cada pessoa é um mundo e cada mundo gira de uma forma diferente, mas a rotação é a mesma. O caminho é o mesmo.
É muito mais fácil quando você tem o “canal comunicador”, tudo parece encaixar como antes não encaixava. No começo é difícil, mas agora já faz parte de mim.
Antes eu achava que a minha alta seria bem rapidinho, mas hoje eu vejo que ainda tenho muitos caminhos pela frente... e muitos lencinhos de papel para serem usados!
Boa sorte!
quarta-feira, 27 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
Minha análise (fora de mim)
sábado, 9 de junho de 2012
Logo que pensei em escrever me veio na cabeça imediatamente procurar saber a definição da palavra psicanalise.
Então segue:
psicanálise
s. f.
1. Investigação psicológica que tem por fim fazer acudir à consciência os sentimentos obscuros e adormecidos ou longínquos.
2. Método especial de tratamento criado pelo professor Freud, o qual se baseia naquela investigação.
Em seguida eu percebi a minha necessidade de definição. Não sei se é fase, não sei se é a idade, não sei se é a lua ou o momento, mas agora eu preciso de uma definição, preciso saber para onde ando, porque ando, para quem ando e se ainda ando. Acho que retrocedi, voltei a ser criança para tentar descobri porque o céu é azul, porque o mar se chama mar e não terra, porque somos humanos e sempre tentamos buscar explicação pra tudo.
Na minha ultima consulta o meu diagnostico me mostrou o que eu já sei, mas nunca consigo entender... a vida não tem explicação. Quer coisa mais clichê do que isso? Quer coisa mais complicada e mais complexa do que isso?
Quando decido entrar em retiro é porque tem alguma coisa acontecendo, não sei se certo ou errado, não sei se demais ou necessário, mas tem.
Estou tentando procurar um foco, vai ver assim eu consigo me desprender de mim, consigo deixar de ser essa metamorfose ambulante. Quero tentar buscar respostar em ouros lugares, com outras pessoas e em outras circunstâncias.
Estou cansada de tudo daqui, das mesmas caras, das mesmas frases, dos mesmos comportamentos. Preciso de outros ares, preciso colocar minha alma no lugar, entrar no meu eixo e me permitir em paz.
Dois meses de terapia. Sessenta dias de consulta e oitocentas perguntas na minha cabeça. Não sei se a proporção é aumentar, mas sei que um dia eu chego lá.
Então segue:
psicanálise
s. f.
1. Investigação psicológica que tem por fim fazer acudir à consciência os sentimentos obscuros e adormecidos ou longínquos.
2. Método especial de tratamento criado pelo professor Freud, o qual se baseia naquela investigação.
Em seguida eu percebi a minha necessidade de definição. Não sei se é fase, não sei se é a idade, não sei se é a lua ou o momento, mas agora eu preciso de uma definição, preciso saber para onde ando, porque ando, para quem ando e se ainda ando. Acho que retrocedi, voltei a ser criança para tentar descobri porque o céu é azul, porque o mar se chama mar e não terra, porque somos humanos e sempre tentamos buscar explicação pra tudo.
Na minha ultima consulta o meu diagnostico me mostrou o que eu já sei, mas nunca consigo entender... a vida não tem explicação. Quer coisa mais clichê do que isso? Quer coisa mais complicada e mais complexa do que isso?
Quando decido entrar em retiro é porque tem alguma coisa acontecendo, não sei se certo ou errado, não sei se demais ou necessário, mas tem.
Estou tentando procurar um foco, vai ver assim eu consigo me desprender de mim, consigo deixar de ser essa metamorfose ambulante. Quero tentar buscar respostar em ouros lugares, com outras pessoas e em outras circunstâncias.
Estou cansada de tudo daqui, das mesmas caras, das mesmas frases, dos mesmos comportamentos. Preciso de outros ares, preciso colocar minha alma no lugar, entrar no meu eixo e me permitir em paz.
Dois meses de terapia. Sessenta dias de consulta e oitocentas perguntas na minha cabeça. Não sei se a proporção é aumentar, mas sei que um dia eu chego lá.
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