No dia 14 desse mês irá fazer exatos três meses que decidi retomar a minha vida. Vendi meu carro, pedi demissão do meu "bom" emprego, deixei meus filhos (Logan e Mística) e saí do Brasil. A quase três meses que decidi morar em Portugal e ca estou.
Nesse tempo (que para mim já parece uma eternidade) tantas coisas já me aconteceram, tantos sentimentos e reflexões que eu achei jamais ter. Sempre tive essa ideia fixa de ir morar fora, de querer viver outras culturas, de ter a minha independência emocional e financeira para "viver bem". Achei que era tudo muito maravilhoso, mas com o passar do tempo estou começando a entender todas aquelas postagem melancólicas que lia em blogs ou redes sociais.
Decidir mudar nunca é uma tarefa fácil, ainda mais mudar de longe, claro que tive um "Plus", pois cheguei aqui e já fui amparada por boas amigas e um pedaço de família. Isso ajuda? ajuda, claro! Mas ainda sim o processo é difícil e doloroso. Quando o assunto é o emocional, muita coisa está em jogo e vamos buscar esse refúgio onde nem imaginamos e assim a situação se torna cada vez pior.
Fui buscar "conforto" onde não deveria e acabei recebendo o que me cabia. Preciso reaprender o que a tempo venho trabalhando, a carência.
Não é fácil não ter a mãe por perto, seus amigos de anos, seu cachorro, seus irmãos, sua casa, sua rotina. Não é fácil tentar reconstruir um lar e fazer disso realmente o seu lar. Eu estou muito perdida...
Eu sei qual é o caminho, claro que sei, mas esse caminho é sempre o mais difícil, porém é esse que preciso seguir e sei que o amadurecimento será recompensado. Preciso voltar a aceitar o meu processo de cura emocional e espiritual e acreditar sempre. SEMPRE.
Não posso mais me permitir errar a esse ponto, pois aprendi com tanto carinho a me amar que chega dói me maltratar assim. Então como sempre faço daqui o meu "diário virtual", me prometo (mais uma vez) não errar. Me prometo me fazer feliz!
Muito obrigada por ter me recebido, Porto. Tudo aconteceu exatamente como deveria e meu coração (mesmo que muitas vezes ingrato, eu sei), tenta emanar gratidão.
Obrigada.
sábado, 1 de dezembro de 2018
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