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domingo, 1 de janeiro de 2012

projeção.

domingo, 1 de janeiro de 2012
Quando você conversa com você mesmo você chora.

Mas chorar não quer dizer perder, não quer dizer ganhar, não quer dizer triste nem alegre. O meu chorar não fala, ele sente.
Não é melancólico, não é efervescente. O meu chorar é uma limpeza. São as minhas cobranças, são minhas angústias, são meus altos e baixos. Quando eu consigo ter esse diálogo comigo eu fico assim. Quando eu sei que é tão difícil eu choro. Já chorei pelo fácil, mas hoje eu somente choro.

Não sei por que sempre consigo usar boas palavras em boas ocasiões, não sei por que as pessoas me procuram pra ouvir o que eu tenho pra falar. Eu somente falo, não faço. A minha ação é muito reduzida aos meus limites. Eu sei até onde posso ir, mas quando vai chegando perto eu acho que já passou de onde deveria chegar.

Quantas vezes eu vou ter que olhar pro meu umbigo? Quantas vezes eu vou ter que saber onde ele está? Porque eu tenho que prever, achar, buscar, saber? Pra que tanto “porque”?

Vive, menina. Deixa que esse medo se vá. Que a ansiedade não passe na frente da razão. O mundo não é conto de fadas e você não é uma princesa. Estamos no século XXI. Passamos do século da luz e agora estamos no século das sombras. Vivemos com medo do que possa estar atrás da gente, vivemos sempre com a impressão de que algo ou alguém nos persegue. Mas o que a gente não sabe é que a sombra é projeção de nós mesmos e o pior é que não temos como apagar.

Quero e vou respeitar a presença da minha sombra, mesmo que ela muitas vezes me assuste, mesmo que ela muitas vezes me provoque, mesmo que ela muitas vezes me angustie com sua presença, ela está em mim e somente em mim.
O que temos que fazer é procurar a direção correta da luz para que a sombra se adeque.

Projeção! Esse é o lema.

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