Acabo de descobrir coisas que me fizeram pensar. As minhas dores são vermelhas, o amor não se define e tenho momentos singulares. É, são coisas bem bestas, eu sei, mas me deu um significado grande.
Hoje fui fazer o concurso do Banco do Brasil (até agora eu me pergunto porque eu fui fazer isso, não me vejo nunca trabalhando num banco, ainda mais do Brasil. Mas vem toda aquela questão da casa própria...), mas tudo bem, fui. Saí de casa, coloquei minha companheira Bethânia e fui dirigindo e ouvindo até lá. Chorei.
Cheguei. Portões ainda fechados. Sentei na calçada, chorei de novo. 08:20h da manhã, portões abrem, entro na minha sala, me pergunto porque estou ali e adivinha? Chorei novamente. Até que vi aquele velho cartão de inscrição com espaços em branco e lá vai meu alívio. Escrevi. Acho que a fiscal ficou um pouco preocupada, enquanto eu escrevia, chorava como nunca mais tinha chorado, foi como ter um filho (calma, eu nunca tive um filho, estou supondo). Quando terminei minha dor passou. Me senti 15kg mais leve.
Então é isso, se tiver dor, que saia da forma mais linda: nos meus versos.
Elas ainda estão circulando em meu rosto, mas agora por felicidade e por amor. O amor não se define, o amor não se explica, ele apenas sente e se perde nas curvas do vento. O amor chega e fica. Vai e volta e sente. Sente a hora de ir embora. Mas hoje ele teimou. Então teima, amor danado...
Com formas estranhas hoje ele veio a mim. De dia um amor apaixonado, de noite um amor amargurado e agora um amor felicidade. Esse não se acaba.
Obrigada, Marinho. Hoje você me fez escrever um lindo poema. Dediquei a você e a nossa história.
Obrigada, Suami. Hoje você me fez chorar de tanta alegria, fazia tempo que não sentia isso em mim.
Obrigada, vida. Por me fazer viver.
Bom domingo.
Ao primeiro
Foi o tempo em que a gente
Se falava, se encontrava
Se entendia no olhar
Num segundo se amava
Volta a vida vem lembrança
De um amor tão singular
Das promessas mais eternas
E de nunca separar
O de longe ainda existe
Não tão perto do que antes
Teu poema ainda habita
Em momentos mais distantes
Outros olhos já me olharam
Olhos de apaixonados
Prometendo céu e mar
Mas te digo, meu poeta
Foste tu o meu primeiro
Me mostrasse o amor ligeiro
Preu poder me entregar
(MJúlia - 20 de março de 2011/ 09:08h)
domingo, 20 de março de 2011
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1 comentários:
O amor, às vezes, é um instruso-carrasco-inconveniente. Às vezes, é um amigo-distante-conveniente. Quem, afinal, sabe quem é o amor? O amor é o amigo que todos querem ter quando preenche o vazio e o inimigo que todos querem bem longe quando dói. Estranho, esse tal de amor.
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